segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sinceridade




Como me sinto bem! A sensação de que as coisas passam muito mais rápido que antes. Uma vida para entender que as dores sempre serão sentidas, mas, com o passar do tempo elas se tornam menos doloridas, não por não doerem de fato, mas por passar a entender que elas não precisam doer uma vida inteira. Ficar pensando em arrumar máscaras para se camuflar é se omitir. Ser límpido, ser livre de tudo, ser sereno, ser você mesmo. São poucas as almas que se encontram e se percebem assim. Você se gosta? Se aceita? Se ama? Sempre escrevo ouvindo Oswaldo...percebo na voz dele uma sensibilidade tão sublime! Me transporta, me carrega, me faz viva! É tão nostálgico, tão mágico e tão triste! Ser alegre é mesmo muito melhor que ser triste, mas, a minha alma se encaixa nisso tudo tão perfeitamente que me confunde. Será que tenho só 30 anos? As vezes sou tão velha! As vezes sou tão ingênua! Me lembrando dos meus inesquecíveis 17 anos. Dores eternas, dores doídas pra valer! E como tudo ainda reflete aqui. Os momentos profundos de ontem e de muitas outras milhões de conversas com a querida Fabiana Viana que já tivemos e que ainda teremos são os melhores! Únicos! Almas parecidas.! Almas 'perdidas!' no bom sentido, se é que existe um bom sentido nesta expressão. A falta de coragem pra insistir que alguns personagens permaneça em nossa história...a falta de vontade em insistir que não sou muda, nem invisível, que sinto, me fez falar tanto e me fez ser tão vista por outros personagens, me fez ter tão mais sensibilidade que tudo aquilo que a mim era precioso se desfez de uma maneira tão natural me libertando de mim mesma, a prisão era minha! Podemos até demorar a aprender mas a vida ensina todos os dias.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Como estou? Não sei responder. Entre mortos e feridos salvaram-se todos. A sensação de ser outra pessoa e de ser a mesma faz-me sentir como mudei e como sinto que minha essência em nada se modificou. Sinto tanta saudade de mim!. Saudade do que eu era quando meus olhos enxergavam tudo com a inocência. Por que mudei tanto? Por que doeu tanto? Por que cresci assim? A insatisfação persiste e se faz quase amiga íntima. Vagarosamente dou passos e a luta se trava bem no começo da disputa. Disputa? Não se trata de disputa, talvez neste momento meu coração esteja desacelerando, pois a minha alma chora e se sente fraca em alguns instantes mas logo me refaço como se isso pudesse acontecer sem deixar marcas...fico confusa e Deus se torna o único aliado. Como sou injusta! Deus é sempre aliado, apenas me deixo esquecer disso. Distante de muitas coisas que estimo, me vejo desorientada e calculando o próximo passo. Nunca calculei! Antes tivesse feito. Fatalmente também não teria vivido. Não posso nem dizer o que penso...trágico seria! O problema está dentro e não há nada mais difícil de assumir que isso. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Momento de leveza

Na tentativa de ficar bem posso perceber que embora muitas coisas sejam doloridas Deus faz com que as coisas tornem-se por um momento mais leves. Esse momento se tratando de mim pode mudar daqui a pouco fazendo com que eu num instante fique achando que o  mundo vai acabar, mas sabe que é assim que realmente me sinto. Acho realmente que estou a ponto de explodir, há dias sinto isso e hoje acordei me sentindo melhor. É pensando em tudo o que me diz, é pensando em tudo o que fiz, que estou tomando a decisão de tomar de fato as rédeas da minha vida e voltar atrás agora não dá, isso ficaria feio pra mim...sinto tanto a sua falta!!! Mas escolhi assim. Ai! Me desculpa faz tanto tempo que não escrevo que deve estar sem entender tudo o que estou dizendo não é?! Não é querendo ser mal educada mas vai ser muito difícil explicar agora, fique atento aos escritos e compreenderá, pelo menos pretendo ter sempre mais o que falar daqui em diante. De alguma forma as coisas tomam um papel que é o que preciso. Meu mundo não vai acabar agora, não vou chorar mais ou pelo menos vou tentar. Uma saudade que toma conta de mim, por que amo tanto...tanto! Mas isso não será mais possível uma força faz de mim mais viva...será que foi por causa da ligação de ontem? Está nítido que não posso ficar nas suas mãos. Pra mim se abriu uma luz tão grande que a claridade me faz querer cegar. Mas de qual cegueira estou falando? A que estou prestes a desvendar ou a que estou prestes a excluir por definitivo? Ai, me parece tudo lúdico demais. Te trazer de algum modo pra dentro de mim, fazendo apenas relembrar o que é bom e fazendo esquecer o que maltrata. Me sinto perdida e nesse perdido quero ficar até entender que nada mais fará sentido e substituirei o que agora dói às lembranças do foi bom.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sempre Clarice

Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia - a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la -, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir.
[b] É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo. [/b] Até agora achar-me era já ter uma ideia de pessoa e nela me engastar: nessa pessoa organizada eu me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de construção que era viver. A idéia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e agora? estarei mais livre?
Não. Sei que ainda não estou sentindo livremente, que de novo penso porque tenho por objetivo achar - e que por segurança chamarei de achar o momento em que encontrar um meio de saída. Por que não tenho coragem de apenas achar um meio de entrada? Oh, sei que entrei, sim. Mas assustei-me porque não sei para onde dá essa entrada. E nunca antes eu me havia deixado levar, a menos que soubesse para o quê.
Ontem, no entanto, perdi durante horas e horas a minha montagem humana. Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. [b] Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. [/b]
Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação: a ser? e no entanto não há outro caminho. Como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo? como é que se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra como se antes eu tivesse sabido o que era! Por que é que ver é uma tal desorganização?
E uma desilusão. Mas desilusão de quê? se, sem ao menos sentir, eu mal devia estar tolerando minha organização apenas construída? Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer
assim: ele está muito feliz porque finalmente foi desiludido. O que eu era antes não me era bom. Mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor: a
esperança. De meu próprio mal eu havia criado um bem futuro. O medo agora é que meu novo modo não faça sentido? Mas por que não me deixo guiar pelo que
for acontecendo? Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade.
Clarice Lispector

sexta-feira, 18 de março de 2011

Quando fui feliz...


Acho que estou reaprendendo a ver as coisas que já conhecia, no entanto não me detinha para pensar, talvez sem motivos aparentes ou pela pressa de chegar, e o pior!! não sei muito bem aonde. Em circunstancias como esta, a de agora!!! Estás a entender? mesmo sendo um pouco redundante, tudo parece razão para estabelecer associações ou buscar motivações, as coisas alcançam extremos e nos tomam a tranqüilidade, e o pior de tudo(risos), gostamos dessa deriva.
Estou agora tentando colar as palavras na chuva de sensações que certamente se desencontram e decolam num desatino que me confunde, pois não sei o que se mostra, somente me provocam e vou como se nada mais interessasse, como aquelas melodias que tentados, buscamos dar sentido e misturá-las a nossa historia, uma necessidade constante de simbioses .
Olha eu aqui (risos) tentando desenhar as coisas que fico imaginando o tempo todo, sabendo da tão provada premissa da incompletude das palavras na tentativa de descrever o que somos em cada momento “ único” (gosto dessa palavra pois me parece muito egoísta), ainda me atrevo a querer mostrar o que o meu pensar transpira e ao mesmo tempo se embebeda.
  Sinto como se pudesse mostrar para vc a falta que experimento neste instante, amarga e doce, intensa e anestésica, não sei bem(olha com estou confuso nas sensações). Fico por aqui, não por falta do que te dizer, mas para não parecer insistente ou repetitivo, e para vc ter espaço para imaginar o meu querer, bem como a incerteza do meu estar (gosto do barulho e da mordida(risos).


By C. H. L. A

domingo, 6 de março de 2011

Engano

Queria que meu esconderijo jamais fosse descoberto. Sabe o que me consome? Os pensamentos. Estes que fazem retrair-me deixando que tudo se consolide fazendo assim sentir sempre essa sensação de que ainda há sempre mais um pouco a ser achado e a ser descoberto mas não encontro a grande luz. E lá se vai mais um dia. Meu desejo é escrever mais, mas as vezes sinto um silêncio devorador...existe a solução para esta causa? Tantos pensamentos, ideias, vontades...quero correr pois a vida passa muito depressa meu amor. Quero correr, pular, viajar, rir e dormir. Mas eis aí meu grande problema. Por qual motivo gosto de coisas que a maioria nem liga? As vezes penso que ser alienada é mais fácil...menos sofrido e ser feliz é tudo o que se quer. Acho que vou dar um tempo pra mim. Tudo se confunde...não quero ficar na tua vida como uma paixão mal resolvida. Por tantas vezes eu chorei. Parecia muito fácil a gente ficar junto, um engano absurdo. Amo tua voz, tua cor...tanta solidão! Nada a fazer a não ser te esperar. Nada a fazer a não ser te esquecer. Queria aquele beijo...sinto a falta de você. Finjo que o tempo não passou e tudo está igual  e mais um engano absurdo...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Incompreendida

Qual a visão do mundo, das pessoas? Parece loucura mas fui obrigada a falar disso..rs! Você entende isso? O cansaço? Ele me consome, nos consome pois tudo está excrucitante e nos faz  perder a  graça de algumas muitas coisas... acho que estou em crise! Mas a crise não é por minha culpa. Eu juro! Pelo menos não desta vez. Que culpa tenho eu se as pessoas tem o prazer de serem tão desinteressantes?  Pra mim desprazer! Tudo muito igual, tudo tão normal. Qual a razão de sentir que não me encaixo? Será que não me encaixo? Ou será que se eu apertar um pouquinho cabe? Você é tão linda, tão doce, tão meiga...o que acontece pois ainda não se casou? Agora me diz se a culpa é minha? Estou tão intolerante. Tenho vontade de gritar pro mundo que a vida é minha, que eu não quero casar, que quero pegar uma mochila, colocar nas costas e pedir carona, mesmo que muitas vezes eu ache que nem é bem isso. Mas e daí? Posso ser contraditória e sou mesmo de fato. Se tenho o direito ao grito então eu grito!  É como diz a Clarice. Essa é também a minha vontade as vezes...como eles  são ridículos! Sao tão iguais! Se contentam, se bastam. Pra mim é pouco! Quero mais, desejo mais.! Dá saudade de algumas coisas e mesmo que eu peça pra que tudo volte numa tentativa desesperada de sentir aquela "felicidade" de novo caio mais uma vez na real e percebo que não tem volta aí é a vez da melancolia, ainda bem que essa não dura pra sempre. Dura o suficiente pra que eu perceba que apesar de tudo isso eu ainda consigo sonhar, mesmo sem palavras que traduzam a minha incompreensão de fatos,  e eu novamente acabe questionando tudo outra vez. Há quem passe pela vida aceitando e querendo  só o que ela lhe oferece. Mas o que a vida oferece pra você não é o mesmo que ela oferece pra mim. Isso não lhe perece injusto?


Pra você Luiza...tão incompreendida quanto eu.